INFORMAÇÕES DA MÚSICA

De Quando Um Malo Se Bolca

Cesar Oliveira e Rogério Melo

CD Das Coisas Simples da Gente (2002)

Se arrastou batendo forte,
Fazendo rumor na guela,
Saltou caindo na volta
Se guasqueando de costela
Mal deu tempo pra o "paisano"
Atira um beijo pra ela
E maldito se "bolco"
Junto a estronca da cancela.

Menos mal que "deus" é taura
E mete bem o cavalo
Por que o "diabo" se atravessa
Pra nos "desmonta" num pealo.
Me escapei desta bolcada
Por não ser a hora certa,
Se eu nao saio "de vereda"
O desgraçado me aperta.

Sai com o cabresto firme
"agarradito no mais"
Ainda dei um "gritíto"
E uma bombeada pra trás.
Vinha o "lôco" se bolcando
Caindo feito um "bagaço",
Pra ele não ser "chalera"
Fiz levantar d`um lassaço.

Empreitei um potrada
Da raça "lôca" e baldosa,
Eguada criada solta
No banhadal da "formosa",
Onde veio um gateado
Co´as quatro "estaca" rasgada
Manoteador e "veiáco"
Por ter a "marca borrada".

Desde o primeiro galope
Já saltou berrando grosso
E eu lhe cortei de espora
Do matambre até o pescoço
Mas desta feita o "malino"
Num "upa" trocou de ponta
E eu vi que a vida se "achica"
Quando um bagual se desmonta.

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CABRESTO

Apero de couro cru que prende-se ao buçal (pela cedeira ou fiador).

BAGUAL

excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro