(Amaro Peres)
Cheguei cedo no fandango
E já tou me "apreparando", hoje eu vou me encambichar
Quero matar minha sede
No ombro da Zóio Verde até o sol apontar
Dois dias de cavalgada
No lombo da égua bragada pra chegar até aqui
Eu venho de outras paragens
Mas sou índio de coragem e encanzinado por ti
Vem, vem, vem, vem, vem, vem pra cá
Que esta noite, gauchinha, foi feita pra nós bailar
Vem, vem, vem, vem, vem, vem pra cá
Vamo' embora, Zóio Verde, eu vim aqui pra te buscar
Gaiteiro, tome tenência
E mostre a tua competência no cabo de uma vanera
Hoje eu esqueço da lida
Uma marca bem comprida vou bailar com esta trigueira
Credo, que china mais linda
Parece mais bela ainda sob a luz do lampião
Há tempo que eu ando só
Chinoquinha, tenha dó e me dê seu coração
Vem, vem, vem, vem, vem, vem pra cá...
Sou um xiru de fundamento
Me desculpe o tratamento, mas tu é a flor do lugar
Me dê o prazer desta marca
Que hoje ninguém me ataca, eu vim aqui pra te buscar
Me dê a resposta, guria
Pois já tá clareando o dia e eu preciso me bandear
Zoinho Verde, eu só paro
Na capela do Rosário, onde nós vamos casar
Vem, vem, vem, vem, vem, vem pra cá...
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
índio ou caboclo. Na língua tupi quer dizer "meu companheiro"