Vendo cheiro, com cosca na goela
Nas munhecas e nos dedos de novo
As tristezas eu deixo da lado
E amanheço cantando pro povo
Trago na alma o verão das cigarras
E algazarras no meu coração
Destramelo meu peito cantando
Sacudindo de gaita e violão
E tem mais, eu sou macho e insistente
Na conquista da fêmea que escolho
E de tanto piscar pras gurias
Criei calo no canto do olho.
Os meus dedos ficaram miúdo
Meio gastos de cordeona e teclado
De cantar tô ficando papudo
Como sapo cantor de banhado.
E nas noites geladas de inverno
Eu me aqueço do vento minuano
Fiz um poncho com dois colarinhos
Pro namoro debaixo dos panos.
Vila, distrito.
Menino, guri, piá.
Vento predominante frio e seco, que sopra do quadrante SW (Alegrete, Uruguaiana, Quaraí, Barra do Quaraí) - donde habitavam os nativos (índios) denominados Minuanos (por essa razão), que se tornaram hábeis campeiros (laçadores e boleadores).
Pilcha, espécie de capa sem abertura e de gola redonda que abriga do frio.