Hoje vou gastar a bota fandangueando a noite inteira
No trancão de uma vanera vou fazê levanta pó
Nos braço dessa neguinha quero caprichar no pé
Porque eu sei que ela não é caneca pra um copo só
Cada vez que me apreparo pra lustrar a minha fivela
Quando eu chego perto dela vem outro e me rouba a caça
Faz tempo que me tenteia é cosa pra mas de mês
E eu esperando a minha vez, mas desta noite não passa
Vem cá neguinha te agarra no meu pescoço
Só não repara os caroço dessas mão de domador
Eu sou da lida não tenho muita beleza
Mas aqui na redondeza ninguém é mais dançador
Moro num fundão de campo neste meu jeitão gaúcho
Nunca fui de muito luxo, mas aprecio o que é bão
Me agradei desta neguinha dançadera e macanuda
Lindaça um deus nos acuda, morena cor de batão
Se alguém arrepiá o pelo e bancar o jacu rabudo
Vai ver que eu sou bem cuiúdo pra enfrentar bochincho grosso
Tenho destreza no braço e uma munheca pesada
Pra espantar a jaguarada que está chuliando meu osso.
Vem cá neguinha.....
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Adestrador.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Briga feia, festa informal