INFORMAÇÕES DA MÚSICA

Puxão de Oreia

Baitaca

CD Galponeiro e Aporreado (2020)

E ao tranco dessa chamada galponeira
Eu mando um abraço para os gaúchos
Que ainda conservam a nossa cultura xucra

Iluminado pelo meu pai soberano
Bombacha sobrando pano
E um chapéu sobrando aba

Sou missioneiro, homem xucro e oriumo
Enquanto eu viver no mundo
As tradições não se acaba

Sempre pilchado por mais distante que eu ande
Vivo cantando o rio grande
Pago que eu ando e respeito

Orão de cerne que nem o tempo desmonte
Se o mundo trocar de ponta
Eu sigo do mesmo jeito

Sempre pilchado por mais distante que eu ande
Vivo cantando o rio grande
Pago que eu ando e respeito

Orão de cerne que nem o tempo desmonte
Se o mundo trocar de ponta
Eu sigo do mesmo jeito

Graças, ao meu pai, das alturas
Minha xucreza se expande
Quem não conservar o que é nosso
Que se mude do rio grande

Batalho tanto pra defender o que é nosso
Acho isso até um destroço
O que vem acontecendo

Muitos gaúchos perderam a fibra e a raça
E a cada dia que passa
Eu vejo a cultura morrendo

Sou um dos tauras que honra a nossa bandeira
O meu canto é uma tronqueira
Cerne puro e sem falqueja

E o que acontece, isso eu acho muito feio
E até no nosso rodeio
Botando show sertanejo

Sou um dos tauras que honra a nossa bandeira
O meu canto é uma tronqueira
Cerne puro e sem falqueja

E o que acontece, isso eu acho muito feio
E até no nosso rodeio
Botando show sertanejo

Muitos rodeio com modas que me insulta
Em ventaram a raia curta
Que eu embrabeço e em grosso

O modernismo eu confesso que eu aceito
Se continuar desse jeito
Vão encurtar o pai nosso

Em homenagem a todos os gaúchos honrado
Vai o meu canto aporreado
Sem buçal e sem maneia

Pra quem conserva esse meu canto eterno
E para os gaúchos moderno
É mais um puxão de orelha

Em homenagem a todos os gaúchos honrado
Vai o meu canto aporreado
Sem buçal e sem maneia

Pra quem conserva esse meu canto eterno
E para os gaúchos moderno
É mais um puxão de orelha

Nosso rio grande foi feito
Para os tauras da cepa pura
Sou missioneiro, e confesso
Que eu não gosto de mistura
E eu peço pra alguns sem pátria
Que respeite a nossa cultura

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