(Gracio Pessoa)
Nasci por mão de parteira, parido meio a galope
Desde guri, piazote, tive instinto de gaiteiro
Cresci na encosta de um cerro, ganhando a vida de changa
E dei muito pano pra manga, tenho fama de chinero
Este é o meu jeito de gaudério 100%
Não gosto de casamento, talvez morra solteirão
A liberdade foi deus que me deu de graça
E não vai ter china que faça eu mudar de opinião
Eu gosto de andar no mundo, de morrer não tenho pressa
Faço da vida uma festa, noite e dia, mês e ano
Com malandro eu não me engano, conheço gaita e cavalo
Boto fé no meu gargalo e ganho a vida cantando
Este é o meu jeito de gaudério 100%...
Meu destino eu mesmo traço, meu erro eu mesmo conserto
Toco gaita, faço verso e o rio grande se agiganta
O que é ruim logo se espanta, trago junto só alegria
E quando tá clareando o dia é que eu saio da bailanta
Este é o meu jeito de gaudério 100%...
Vivente aventureiro que chegou na Pampa, vindo do Brasil-central; não tinha profissão definida, nem morada certa e não se amarrava ao coração de uma só mulher
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).