(João Alberto Pretto/Oscar Soares)
Não tem o que mais me irrite do que um chupim escalado
Que se adona da sala sem nunca ser convidado
Se alguém manda retirar-se "franje" a testa e o bigode
Sai dizendo indignado, nunca vi, como é que pode
Certa vez fui num casório de derramar pelas beiras
Quando eu olhei para o lado tava um chupim de cadeira
Cumprimentou logo os noivos com aquela cara de pau
E depois foi dançar tango afigurando mamau
Um dia, no aniversário de um amigo faixa preta
O chupim chegou dizendo, isto é que é festa porreta
Apanhou a noite inteira, mais que amante de machão
Tava todo esgualepado, querendo mais confusão
Não adianta, é o seu costume viver farejando festa
Beber e comer no mole é o que ele mais se presta
Tem a cara preparada, pois nasceu meio de susto
E nunca vai perguntar quanto é a ajuda de custo