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Com a Alma Presa na Espora

Coplas de Andarengo (1998)

Cesar Oliveira e Rogério Melo

De madrugada alço a perna num "tição"
Mirando o fogo ao depacito "mateio"
E o vento norte reponta ao romper da aurora
Arrasto espora e do de mão no meus arreios
Garrão de potro bem "sovado" ao meio pé
Chapéu tapeado num estilo da fronteira
Saio ao "pacito" de bombacha remangada
E a "bagualeada" trago a grito pra mangueira

Tenho um lobuno que por pouco se "boleia"
E um malacara velhaco e manoteador
Perdi a conta de quantas vezes um tobiano
Por aragano me coiceou no tirador

Três galopes tem um baio "pescoceiro"
E um gateado das quatro pata brazinha
Mais um picaço que se amança pouco a pouco
E um zaino louco que eu redomoniei pra china
Faz muito tempo que eu arrodeio "troqueiras"
Sou um indio chucro domo potro e gineteio
Quando "piazito" embuçalei meu destino
Por ser "piatino" me agrada o choro do arreio

Pois quem já nasce com a alma presa na espora
E o coraçao batendo igual a um rebenque
Nasci sabendo que a vida é mais aragana
Do que o "ventana" que sente abraçar o palanque

"tenho cravado em frente ao rancho, um palanque macharrão que enrraizado no chão escora qualquer sentador, sou taura, sou domador. também nasci caborteiro, tenho um cusco por parceiro e o sol de amadrinhador"

Quando a tardinha chega ao tranco escramuçando
No oitão do rancho pra golpear um mate me sento
Junto da china amor chucro e candongueiro
E o sol matreiro se rebolca terra a dentro


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