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Pelos Dias que Virão

Em Nome do Pai (2005)

João de Almeida Neto

Afif Simões Neto e Luiz Fernando Smaniotto

No seu berço de pelego,
O piá no pala se enrola
Sorrindo, posto em sossego,
Chupando um bico de argola.

E quando chegar a idade,
Pois um dia homem será
Quais os tropeços que o esperam,
Em que luta morrerá ?

Conheço-lhe a procedência
Presumo seus descaminhos:
Vai deixar o couro moço
Na reboleira de espinhos.

Talvez se encontre com a morte
Nalguma changa ilegal,
Por epitáfio a notícia:
“Morto mais um marginal”.

E uma china solitária,
Junto a cruz de lenho tosco,
Vai murmurar nos finados:
“Que o Senhor seja convosco...”


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