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Pra Quem Tem Alma de Galpão

Campeirismo 7 (cd duplo) (2008)

João Luiz Corrêa

Desde a infância meu rincão tem pedigree,
Assim cresci, “quebrando queixo de potro”;
Bem galponeiro trago meu tino e a minha sorte,
Porque no campo depois de um dia vem outro.

Fim de semana a minha pilcha de respeito
É o documento do carisma de um gaúcho
Que traz a história palanqueada na memória,
Porque esta glória é a cisma de um povo xucro.

Assim é a vida campeira
Feita no lombo da idade
Quem tem alma de galpão,
No coração ta a identidade.

Quando me toca de fazer alguma ronda,
A tropa escuta um timbre parceiro da lua;
E em rodeio, marcação e gineteada,
Todos os galos já conhecem minha “pua”.

Quem faz o tempo “matando barba de bode”,
“tasqueia os cascos” do monarca mais campeiro;
Todos os dias as rosetas das esporas,
Clareiam auroras deste meu sul brasileiro


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