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Porteira Fechada

Nas Asas da Poesia (2011)

Gerson Mattos

(Letra: Luiz Duarte/Claudio Duzac | Música: Gerson Mattos/Nelson Rosa)

Quando abro a porteira a saudade vem alçada
No tentos das lembranças, nos anos de tropeadas

Eu montava um flor de casco dando buenas prum céu aberto
Com rumos de changueador, o Senhor sempre por perto

A porteira se fechou, me tranquei junto com ela
Sobra o sonho de tropeiro que nunca vai ter tramela

Já não saio campo afora, nem ouço o mugir do gado
Mas relembro as campereadas no lombo do meu gateado

Pro tempo sou sinuelo, pra saudade sou culatra
Meu aperos são alertas como um cincerro de lata

A porteira se fechou, me tranquei junto com ela
Sobra o sonho de tropeiro que nunca vai ter tramela


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