Lá na baixada do manduca
Hay reboliço de china
Três guitarras orientales
E uma gaita corrientina
E o biriva rio grandense
Com toadas lisboinas.
(E dê - lhe mate pelos cantos
No compasso da chamarra
Entra Juca e sai Manduca
E dê-lhe cordeona e guitarra)
O chinaredo lá da estância
Se "aprepara" já faz dias
Segundo siá Basilícia
Vai trazer várias famílias
Prá escutar o dom Ortaça
E o gaiteiro Malaquias
E o cantor da Bossoroca
Que canta com galhardia.
(E dê - lhe mate pelos cantos
No compasso da chamarra
Entra Juca e sai Manduca
E dê-lhe cordeona e guitarra)
Jaguarão, Chico e Vichadero
Se alvorotou a peonada
Do caseiro ao capataz
Todos de bota ensebada
E o careca Zaragosa
Nem liga pra gineteada.
(E dê - lhe mate pelos cantos
No compasso da chamarra
Entra Juca e sai Manduca
E dê-lhe cordeona e guitarra)
A prendinha Ana Luiza
Filha do nosso patrão
Já encargou água de cheiro
Vinda de outros rincão
Num delantal colorado
Partido de sua opinião.
(E dê - lhe mate pelos cantos
No compasso da chamarra
Entra Juca e sai Manduca
E dê-lhe cordeona e guitarra)
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
bordel; onde fica o chinaredo
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Segunda autoridade de um estabelecimento rural (Estância, Fazenda ou Grânja), de uma Tropa ou de uma Charqueada.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.
Lugar isolado em fundo de campo.