Letra da música
Alma de Estância e Querência
Luiz Marenco
CD Luiz Marenco ao Vivo (cd duplo) (2002)
Da gadaria faz silhueta a madrugada
Das quatro quadras da invernada do branquilho
Rodeio grande, saltou cedo a peonada
Levando a lua na cabeça do lombilho
A mim me toca repontar o fundo do campo
Na hora santa em que a manhã tira o seu véu
Levo na testa do gateado a última estrela
Que aquerenciada não quis mais voltar pra o céu
E o meu cavalo que "le gusta" ouvir um silvido
Olha comprido e põe tenência nas orelhas
Enxergo o gado e o assobio sai tão sentido
Que acende o sol num gravatá crista vermelha
O boi compreende o chamado da melodia
E a gadaria pisoteia um santa fé
Chegam no passo da restinga, e uma traíra
Atira um bote à flor azul de um aguapé
Olhando a ponta que encordoa pra o rodeio
Cresce o anseio de viver nestas lonjuras
Bárbara é a lida no lombo dos arreios
E alma de campo é a rendição destas planuras
Já me disseram que se acabam as invernadas
Que retalhadas marcam o fim dessa existência
Mas trago a essência e a constância de um olho d'água
E a alma penduada com sementes de querência
Algumas palavras contidas nesta letra estão em nosso dicionário de gauchês
INVERNADA: Subdivisão de uma Fazenda; designa também, departamento de um CTG (Entidade Tradicionalista).
TENÊNCIA: Atenção.
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Com uma trajetória de sucesso Luiz Marenco em seu CD Luiz Marenco ao Vivo (cd duplo), lançado em 2002, reporta ao público músicas que reforçam a grandeza e o orgulho pela tradição de cultuar o que é do Sul. Acompanhe e divulgue a música do RS ao som de Luiz Marenco.
Músicas do Álbum
- 01 Filosofia de Andejo
- 02 Dobrando os Pelegos
- 03 Pra os Dias Que Vêm
- 04 De Boca em Boca
- 05 Final de Sêca
- 06 Senhor das Manhãs de Maio
- 07 Onde Andará
- 08 Um Vistaço na Tropa
- 09 Meus Amores
- 10 Enchendo os Olhos de Campo
- 11 Milongão Pra Assobiar Desencilhando
- 12 De Bota e Bombacha
- 13 Quando o Verso Vem Pras Casa
- 14 Batendo Água
- 15 Chamarrita de Galpão