INFORMAÇÕES DA MÚSICA

A Volta do Tordilho Negro

Walther Morais

CD Pra não Falar em Cavalo (2001)

Aquele trodilho negro
Que a muito tempo domei
Na estancia do paredão
Um certo dia voltei
Fui atender o chamado
Da moça que a flor ganhei
Pra chegada ter mais brilho
Eu fui no mesmo tordilho
E as tres da tarde cheguei

A fazenda embandeirada
De muito longe avistei
Um peão pra abrir a cancela
Meti o tordilho e cruzei
A linda moça na porta
Falou pro pai escutei
Vem chegando o domador
Aquele que eu dei a flor
E agora me apaixonei

Descí do tordilho negro
E a mão da moça apertei
Num aperto de carinho
Que ela me amava notei
Sem sentir nada por ela
Pedi licença e entrei
Tava anciosa que eu chegasse
E mandou que eu sentasse
Numa cadeira de rei

Logo veio o chimarrão
E a boa erva provei
Deu-me outro sinal de amor
Aí me justifiquei
Não resisti dei um beijo
E pra cadeira voltei
Dei-lhe a cuia com carinho
Apertei o seu dedinho
Que amava lhe confessei

Pedi um prazo de um ano
Com a linda moça casei
Na garupa do tordilho
Pra minha casa levei
Na estancia do paredão
Dois presentes eu ganhei
Duas coisas que um homem quer
Cavalo bom e mulher
Meu sonho realizei

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FAZENDA

Estabelecimento rural com uma área entre 10 e 50 quadras de sesmaria de campo (ou 871 até 4.356 hectares), dividida em invernadas (cria, bois, vacas de invernar, etc.).

PEÃO

Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.

CUIA

Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.

GARUPA

Anca.