INFORMAÇÕES DA MÚSICA

Depois dos Mates

Jader Leal

CD Depois dos Mates (2011)

Jader Leal, Mateus Lampert

Sorvo no silêncio dos meus mates
Um aroma de campo e de galpão
A estrada se apequena pouco a pouco
Tenho meu mundo na palma da mão

Lavo a erva pura folha castelhana
Requento a água já fria na cambona
Encilho o mate como quem encilha um sonho
Ligo o rádio e ouço um toque de cordeona

Depois dos mates a alma se “aliviana”
Das distâncias que por sina são malevas
Depois do mates sou a cambona vazia
Que derramou suas saudades sobre a erva

Outro dia já me encontra mateando
Junto à cuia cevo sonhos de esperança
Lembro o mate ao pé do fogo com meu pai
Nas manhãs claras de inverno na estância

Troco alpargatas por sapato e calça reta
E saio manso do meu rancho na cidade
Sigo em frente construindo meu caminho
Deixo as lembranças recostadas no meu mate

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MATE

Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.

ENCILHA

São os aperos que vão sobre o lombo do eguariço, somente.

SINA

Destino, sorte.

CAMBONA

Pava

CUIA

Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.

RANCHO

Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.