INFORMAÇÕES DA MÚSICA

Aos Gaúchos do Amanhã

Os Monarcas

CD A Marca do Rio Grande (2008)

Ombreando cantiga pura fui de galpão em galpão
E destapando lonjuras cantei meu povo e meu chão
Alma arejada de mato, no rosto riso faceiro
E pra contar meus relatos eu uso o dom da gaiteiro.

(E assim no mais me descrevo rio-grandense cantador
E o telurismo que trago pelo chão que me criou
Sem jamais frouxar um tento me orgulho do que já fiz
Sinuelando a tropa velha sou monarca e sou feliz.)

Declamado:
Não é de hoje que eu venho
Cantando a minha querência
E as amizades que tenho
Retratam a minha existência.

Neste mundo sem porteira vi de tudo e mais um pouco
Vi o luxo das patacas e a pobreza dos caboclos
Lutando pela cultura que muitos levam na farra
Durei onde pouco dura quem não tem tutano e garra

(E assim no mais me descrevo rio-grandense cantador
E o telurismo que trago pelo chão que me criou
Sem jamais frouxar um tento me orgulho do que já fiz
Sinuelando a tropa velha sou monarca e sou feliz.)

Declamado:
Minha vida é um livro aberto
Que a experiência escreveu
Vendo de longe ou de perto
Todos sabem quem sou eu

As coisas que nos rodeiam modela o jeito da gente
Quem se criou sem maneia sabe o que ai lá na frente
E sempre do mesmo jeito sem mudar o velho tranco
Ter gosto não é defeito o que eu não gosto eu não canto.

(E assim no mais me descrevo rio-grandense cantador
E o telurismo que trago pelo chão que me criou
Sem jamais frouxar um tento me orgulho do que já fiz
Sinuelando a tropa velha sou monarca e sou feliz.)

Declamado:
Eu não canto verso feio
E nunca fui exibido
Aonde eu chego e apeio
Sou sempre bem recebido

Quem recebeu a missão de alegrar rancho à cordeona
Se é guapo brota das mãos as marcas mais redomondas
E aos gaúchos do amanhã deixo meu verso de herança
Palanque de tarumã que é torto, mas de confiança.

(E assim no mais me descrevo rio-grandense cantador
E o telurismo que trago pelo chão que me criou
Sem jamais frouxar um tento me orgulho do que já fiz
Sinuelando a tropa velha sou monarca e sou feliz.)

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GALPÃO

Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.

POVO

Vila, distrito.

TROPA

Coletivo de militares e de bovinos.

PORTEIRA

Espaço seccionado numa cerca.

RANCHO

Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.

GUAPO

Vivente forte e destemido.