Letra da música
À Cavalo na Sorte
Os Monarcas
CD Do Rio Grande Antigo (1997)
É na doma que se apega a fúria com a valentia
O domador não tem trégua enquanto égua der cria
Quem monta deve saber que a doma não tem retovo
Se cair pode morrer, se viver monta de novo
Ando a cavalo na sorte, sem norte sem adereço
Não negocio com a morte, porque a vida não tem preço
Eu sei que um dia me vou, mais ainda é muito cedo
Tenho potros prá domar, na Província de São Pedro
(Gineteando talvez morra na desforra de amansá-los
Minha vida é uma gangorra no lombo desses cavalos
Minha vida é uma gangorra no lombo desses cavalos)
Lá nos vamos campo afora, corcoveando ao Deus dará
Quanto mais lhe cravo a espora mais corcovio o bicho dá
Beija o céu cutuca o chão que sobe e desce danado
É triste a vida do peão no lombo dum aporreado
No lançante morro abaixo a morte me pisca o olho
É aí que um índio macho coloca a barba de molho
Aposto tudo na sorte nesta disputa renhida
O diabo amadrinha o morte, mas Deus me protege a vida
Algumas palavras contidas nesta letra estão em nosso dicionário de gauchês
DOMA: Adestramento.
DOMADOR: Adestrador.
PEÃO: Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
LANÇANTE: Descida forte e acentuada.
Compartilhe

Com uma trajetória de sucesso Os Monarcas em seu CD Do Rio Grande Antigo, lançado em 1997, reporta ao público músicas que reforçam a grandeza e o orgulho pela tradição de cultuar o que é do Sul. Acompanhe e divulgue a música do RS ao som de Os Monarcas.
Músicas do Álbum
- 01 Cisma de Ginete
- 02 À Cavalo na Sorte
- 03 Tando Mais Ou Menos Tá Loco de Bom
- 04 Uma Tal de Saudade
- 05 Do Rio Grande Antigo
- 06 Milonga de Clarear o Dia
- 07 Minha Estrela
- 08 Vaneira do Brasil
- 09 Essa Vida de Músico
- 10 Pegado nas Crinas
- 11 Da Semeadura dos Versos
- 12 Baile de Loco
- 13 Chica Fandangueira
- 14 Desencontro