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Romance do Mascarado

Pátria Pampa (ao vivo) (2006)

Cesar Oliveira e Rogério Melo

(era tordilho o malabruja que lhes falo
Bolido não sei de quem e por uns quantos refugado
Maneco rosa, se chama o negro dos bastos
Que vem escorando o golpe desse tal de mascarado

Peleia braba, corpo a corpo, mano a mano
Quem pode mais chora menos e a sorte pede bolada
Quando o destino de um sotreta e um domador
Fica enredado nos pastos da boca de uma picada)

Foi bem no passo que da pra o campo dos fundos
Que o tordilho mascarado quis dá um tombo no maneco
Quase que embolca quando se arrastou com força
Pois se assustou do culero que fez barulho nos flecos

Igual a um gato laçado pelo pescoço
Se arrastou buscando a volta se escorando nas ponteadas
Não fosse o negro leva a mão na aba do basto
Tinha plantado a figueira bem na boca da picada

Foi bem no passo que da prá o campo dos fundos...

Me disse o lasca que o tordilho era veiáco
E que esses tempos tinha dado um garreio num moço branco
Inté o talquino que no susto agüenta uns pulo
Num golpe do mascarado quase que fica lunanco

A lida é bruta e a volta se para feia
Quando o mundo se desmancha num corcóvio chamarreado
O tempo passa mas o maneco não froxa
Porque o bocal que ele arrocha se queda sempre apertado

A mesma tava bota culo e também sorte
Dizia o velho caetano que era um índio macharrão
Foi quando o negro atirou o corpo pra trás
Pra mostrar que um par de espora não é enfeite nos garrão

Vinha o tordilho escabelando macega
Dando coice nos cachorro manoteando as maçaneta
Se vinha o pardo mais firme de quem um palanque
Dava um grito e um rebencaço e ajojava com as roseta

A mesma tava bota cula e também sorte...


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