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Roçando as "Viria"

Pátria Pampa (ao vivo) (2006)

Cesar Oliveira e Rogério Melo

Vi que a escramuça era um bate-coxa
Da indiada frouxa num tranco de vaca
Entrei de espora e chapéu requintado
E um mango colgado no cabo da faca

Caí na dança com a tita beiçuda
"Índia graúda" duns "trezento quilo"
E a doralícia que pedia poso
Se tapou de nojo quando viu aquilo.

Quase me "prancho" na volta da sala
Pisei no pala e me enredei na faixa
Senti que a tita naquele embaraço
Arrancou um pedaço do cós da bombacha.

Mas na rancheira
Quando eu desembesto
Eu deixo o resto que se leve "à breca"
Naquele embalo "troquemo" de ponta
E quando me dei de conta
"tava" só de cueca.

À oito soco gemia e roncava
Se chamarreava na rancheira potra
Saltava fogo e um clarão se abria
Quando eu tinia uma espora na outra

Mas de repente "tropiquei" de fato
Assim relato o fato "assucedido"
Foi sem querer, mas ninguém acredita
Me firmei na tita e rasguei-lhe o vestido

Num golpe seco dei-lhe um rasgão farto
Bem sobre os quarto numa volta feia
E ali por causa daquele acidente
Já tinha gente querendo peleia

Mas na rancheira
Tudo se acomoda
Pelado é moda e o resto é bobage
"varemo" a noite roçando as "viria"
E até parecia caso do "bocage".


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