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Peão de Campo

Do Interior (2016)

Ita Cunha

Letra: Anomar Danúbio Vieira

Eu me chamo peão de campo
Peão campeiro, peão mensual
Volta e meia, peão por dia
Um trabalhador rural

Eu me chamo peão de campo
Salmentão, Gomes, Silveira
Vieira, Moreira, Machado
Silva, Xavier ou Teixeira

Eu me chamo peão de campo
Peão campeiro, peão mensual
Volta e meia, peão por dia
Um trabalhador rural

Eu me chamo peão de campo
Salmentão, Gomes, Silveira
Vieira, Moreira, Machado
Silva, Xavier ou Teixeira

São tantos os sobrenomes
Desta peonada terrunha
Batizada pelas sangas
Com a lua por testemunha

Eu me chamo peão de campo
E moro no mesmo lugar
D'onde mora a liberdade
Que eu lutei pra conquitar

"Eu me chamo peão de campo
Gomercindo, Nicanor
Deuclécio, Pedro, José
Juvenal ou Alaor

São tantos nomes gaúchos
Crioulos da imensidão
Heróis de pampa e estância
Campeiros por vocação"

Eu me chamo peão de campo
Sou, do Rio Grande, um pedaço
Que construiu sua história
À casco e à força de braço

Eu me chamo peão de campo
De vida e lida pilchadas
Se me toca, peão de tropa
De alma estendida na estrada

Meu universo nativo
É feito de pasto e gado
De gente humilde e vaqueana
Que nunca nega um costado

Portanto, faço o que faço
Por gosto, herança e costume
Na tradição deste pago
Que o meu serviço resume

Portanto, faço o que faço
Por gosto, herança e costume
Na tradição deste pago
Que o meu serviço resume

Eu me chamo peão de campo
Peão campeiro, peão mensual
Eu me chamo peão de campo
Peão campeiro, peão mensual


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