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Quando Envelhece um Cavalo

Campeirismo 10 - pra quem vive de bombacha (2015)

João Luiz Corrêa

Dionísio Costa/Mário Nenê/ João Luiz Corrêa

Sentindo o basto no couro, no ofício das tropeadas
Meu velho cavalo mouro, a tempo vem nas estradas
Nos atropelos mais feios, com mormaço, chuva ou frio
Me sustentou nos arreios, por muitos anos a fio
Meu parceiro nesta vida, de campereada e de festa
Vou deixar longe da lida, pelo tempo que lhe resta
Ele envelheceu comigo, passando trabalho a eito
Portanto é justo esse amigo, ser tratado com respeito

Hoje vou domar um potro, sangue da mesma tropilha
Tô precisando de outro, que o mouro apartei da encilha
Pois tempo é um sovéu aberto e a velhice bota o pealo
E se alonjura o que é perto, quando envelhece um cavalo

Sou igual as criaturas, que mais a gente quer bem
Pois na vida que se apura, sou passageiro também
Taureio a lida no braço, entre o azul e o capim
E a idade aperta o passo, me carregando pra o fim
Mas o guri que troteia, no seu flete de taquara
Tem o meu sangue nas veias, além das feições na cara
Se este potro que eu encilho, tem do mouro a procedência
No mesmo rastro o meu filho, vai herdar minha vivência


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