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No Cocho do Sal

Na Boca da Noite (2000)

Cesar Oliveira e Rogério Melo

Tombou os salsos sobre o baço do machado
E a timbaúva tombou no mesmo ritual...
O que foi sombra e pouso das aves em bando,
O fio da enxó transformou em cocho de sal.

Gamela grande, boca aberta na coxilha,
Rondando o campo, até parece um sentinela...
Parei pensando e me dei conta, de repente,
Que o boi no cocho é o próprio charque na gamela...

Carrego o sal na carretinha piqueteira
E um cocho novo pra invernada dos terneiros;
A junta mansa conhece sanga e atalho...
De cocho em cocho eu fui me criando campeiro.

Peito estufado de confiança nos meus bois,
Largo a cabeça pr ao saleiro da tapera...
Debaixo do arvoredo onde eu brincava,
Encontro, sempre, um "rodeito" à minha espera.

É dando sal que se conhece cada rês,
E algum alheio, marca da estância vizinha;
Cevo o meu mate, sento na frente do rancho,
Vendo o rodeio lamber sal, de tardezinha...


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