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O Peão de Estância

Para Orgulho do Rio Grande (2012)

Walther Morais

O gado solto na várzea atende a voz do campeiro
E ruma para a coxilha num trotezito chasqueiro
Vem touros, vacas, terneiros, para cumprir o ritual
De se parar o rodeio junto do cocho de sal.

Firmino e João vem ao tranco trazendo laços de arrasto
Que lembram duas quatiaras sobre as distancias do pasto
Enquanto apeiam dos fletes para recompor os arreios
Os três fieis oveiros ficam guardando o rodeio.

É o peão de estância e seu ganho
Que vem de seus bisavós
A mesma lida de antanho
Que vai passando por nós.

Seus ancestrais já laçavam terneiro pelos verões;
Pialavam de armada grande nas invernias marcações
Cuidavam velhas estâncias pela querência plantadas
Onde as estâncias de hoje eram somente invernadas.

Os campos vão se encolhendo, se retalhando de cercas
Mas nosso jeito campeiro tomara que não se perca
Nesses fundões de querência tal fosse um mundo isolado
Se vive como se o tempo nunca tivesse passado.


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