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Tranca Porteira

Do Interior (2016)

Ita Cunha

Letra: Evair Gomez

Do braço de uma pitangueira, vim de alma e coração
Fui falquejado a facão, serviçal a vida inteira
Sou tarraxa de violão pro encordoado da porteira
Sou tarraxa de violão pro encordoado da porteira

Por vezes, sou campo aberto, e, por outras, corredor
Escolhido atento e a dedo pelo olhar do monteador
Barbequim, ferro de pua, batismo de alambrador
Barbequim, ferro de pua, batismo de alambrador

Já dormi na terra molhada em sereno do vão da porteira
E até uma roceira, esfregando a pança, trançou-me de pêlos
E nas chuvas largas, quando empoça' as águas junto da porteira
Tive o céu bendito, junto a mim, pertito, salpicando estrelas

Tenho jeito de querência e um olhar bombeando estrada
Conforme o lado que tranco, denuncio a cruzada
Pra lá, ganharam o mundo, pra cá, rumbearam pras casa'
Pra lá, ganharam o mundo, pra cá, rumbearam pras casa'

Já rondei noites escuras, sujeitando a terneirada
Ouvindo o berro do gado pela cria desmamada
Vi um gaucho apear contente avistando sua morada
Vi um gaucho apear contente avistando sua morada

Já dormi na terra molhada em sereno do vão da porteira
E até uma roceira, esfregando a pança, trançou-me de pêlos
E nas chuvas largas, quando empoça' as águas junto da porteira
Tive o céu bendito, junto a mim, pertito, salpicando estrelas

Já dormi na terra molhada em sereno do vão da porteira
E até uma roceira, esfregando a pança, trançou-me de pêlos
E nas chuvas largas, quando empoça' as águas junto da porteira
Tive o céu bendito, junto a mim, pertito, salpicando estrelas


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