INFORMAÇÕES DA MÚSICA

De Boca em Boca

Luiz Marenco

CD O Melhor de Luiz Marenco (2001)

Andam falando por aí, de boca em boca
Que a nossa fibra e nossa raça esmoreceu
Que andam pisando em nosso pala
Quem consente é certamente porque a fibra já perdeu

Nosso cobre da guaiaca anda minguado
Pelas coxilhas nuvem negra campereia
A pátria grande olha pra além do horizonte
E aqui nos pagos a incerteza nos maneia

A nossa garra vem dos tempos das patreadas
A nossa fibra é a semente do passado
E o destemor é porque nunca aqui nos pagos
Por estrangeiros nosso pala foi pisado

Meus irmãos, abram gaitas e gargantas
Numa canção que leve a fé por onde ande
E um canto livre há de elevar-se nas coxilhas
Mostrando a raça deste povo do rio grande

Deixem que eles falem por aí, de boca em boca
Pois a nossa fibra e nossa garra não morreu
E ninguém pisa em nosso pala
Quem consente é certamente, porque a fibra já perdeu

O sangue guapo dos heróis e dos valentes
Que ainda corre adormecido em nossas veias
Há de aquecer-se em novas rondas e vigilhas
Nos dando força pra arrebentar as maneias

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GUAIACA

Cinturão de gaúcho, com algibeiras.

PALA

Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).

POVO

Vila, distrito.

GUAPO

Vivente forte e destemido.