INFORMAÇÕES DA MÚSICA

Bagual Barbaridade

Gaúcho da Fronteira

CD Amizade de Gaiteiro (1996)

Não me chama de benzinho que eu fico meio bisqueiro
Me chama de teu bagual que é meu jeitão campeiro
Casar contigo eu não caso, poso ser teu companheiro
Pelego eu tenho pra cama e lumbilho pra travesseiro.

Mesmo assim pra viver junto te ponho minha condição
Tu tem que saltar cedinho e preparar meu chimarrão
Enquanto eu vou me entretendo com os golpes dos redomão
Nasci pra lidar com os potros de rédea e buçal na mão.

Deste oficio perigoso sei bem que não vou deixar
Se tu quiseres ser minha tu tens que me acompanhar
O que não sabe te ensino, só não pode te assustar
Nem te fazer de aporreada na hora que eu te mandar.

Não sou louco eu te garanto o povo é que julga e diz
N lombo dos aporreados proezas arriscadas eu fiz
Pois gineteando eu assusto lagarto, cobra e perdiz
Se eu me estropiar desse jeito juro que morro feliz.

Mulher e terneiro novo nunca se corre atrás
Se tu resolver ir embora te escapa e não volta mais
Que eu sigo do mesmo jeito lidando com as animais
Ensinando o que aprendi e aprendendo muito mais.

S e te agradou do meu jeito te dou respaldo e carinho
Mulher séria e de respeito alegra em qualquer ranchinho
Caso contrário, eu te juro prefiro ficar sozinho
Se te agradou ajunta as trouxas que eu já te mostro o caminho.

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BAGUAL

excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro

RÉDEA

Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.

BUÇAL

Primeiro apero do “preparo” da encilha.

POVO

Vila, distrito.