INFORMAÇÕES DA MÚSICA

Floreio, Musas e Poemas

João de Almeida Neto

CD Acústico Vozes Rurais (cd duplo) (2005)

De vez em quando floreios
De milongas indomadas
Evoco noites passadas
Com amante que ainda não veio

Me entrego a esse devaneio
E atravesso um labirinto
Onde me orienta o que eu sinto
E avanço pelo que creio

Eu acredito piamente
Que viemos de um mesmo parto
O tempo, espaço e os astros,
O peixe, o pássaro e a gente

Um parto sem precedentes,
Nem tardio, nem prematuro
Que impôs luz sob o escuro
E o por vir sobre o presente
{repete}

Falado:
Confio no sentimento
Dos confins da espécie humana
Fundo de campo ou savana
Aberto a todos os ventos
E é nesses acampamentos
Que cada um avalia
Com que porção de poesia
Vai fabricar seu sustento.

Me acostumei a dieta
De comer quimeras cruas
Mas em porções de uma ou duas
Só o desjejum se completa

Minha fome analfabeta
Faz crer que até muito velho
Me nutrirei do evangelho
Segundo as musas e os poetas
{repete}

De vez em quando floreios
De milongas indomadas
Evoco noites passadas
Com amante que ainda não veio

Me entrego a esse devaneio
E atravesso um labirinto
Onde me orienta o que eu sinto
E avanço pelo que creio

Sempre que cala u cantor
Creio inquietar-se uma fera
Enquanto não se apodera
Do assoite do domador

E quero crer que onde eu for
Nenhum autor terá escrito
O último verso bonito
E a última história de amor
{repete}

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