Vim correndo ao teu encontro, rio amigo,
Que passando nunca mais pode voltar
(As piráguas são as mágoas desse peito
Embalsando as lembranças pra cantar.) Bis
Vou chibeando palavreados castelhanos,
Dos “paisanos” que cruzaram pelo Quay
(São romeiros, peregrinos, teatinos,
Que viveram pela costa do Uruguai.) Bis
(Rio amigo, rio antigo, meu parceiro,
Missioneiro que se fez caminhador,
A distância vai domando minha ânsia,
Encalhada nesse peito sonhador.) Bis
É por isso que me acordo de repente,
E num upa fico pronto pra cantar,
(Retrucando mil lembranças malfazejas,
Que aparecem pra querer me azucrinar.) Bis
Rio antigo, rio amigo, quem diria
Que um dia eu voltasse a ser guri,
(Pés descalços a correr comigo mesmo,
Encontrando mil lembranças que perdi...) Bis