Ando no mundo dos tropeiros companheiro
Desde os povoeiros nesses peraus de ninguém
Com essas muladas em arriar e cargueiros
Aonde o mundo veio vai, eu vou também
Benção madrinha que amanha chega o biriva
Eu vou na comitiva na função de madrinheiro
Peço pereço pro pai velho lá de riba
Pra que a gente siga nesta vida de andeio
Puxa da orelha vamos botar uma biqueira
Olha, se nega já boleia e corcoveia
Já sai orneando com bicos desse tamanho
Eu sou do antanho daqueles que não se apeia
Bamo, bamo, bamo, bamo, bamo mula veia
Bamo, bamo, bamo não afrouxa o recavem
Ela vai orneando, se arribando, corcoveando
Mas não me campeia por que sou burro também
E o cincerro vão batendo delém delém delém, delem,
E o cincerro vão batendo delém delém delém, delem,
Quem um dia foi tropeiro
Quando escuta este cincerro berra com a tropa também.
Onde o soveu, a cangaia e os coxinilhos
Mais o lombilho, a maneia e o arreador
Um chapelão folha de abóbora e o barbicacho
E um poncho macho pra posar no corredor.
Hoje a parada é no pouso em curitibanos
Botemos uns panos pra cruzar dentro da vila
A noite é grande vai ter ronda seu paisano
Eu reponto os anos no voleio desta vida.
Coletivo de militares e de bovinos.
Acessório do chapéu.
Pilcha, espécie de capa sem abertura e de gola redonda que abriga do frio.
Ação de vigilância.
Natural do mesmo país.