Eu me criei na campanha não conhecia a cidade
Porque lá onde eu vivia era muita dificuldade
Eu tinha uma égua báia pois vendi o animal
E peguei meu dinheirinho fui conhecer a capital
Miha roupa levei num saco era aquela minha traia
Já tive dificuldade lá na tal de rodoviaria
Tinha uma escada rolante que anda bem lijeirinho
Fui subir e errei o passo fiquei caído lá em baixo
E meu saco subiu sozinho
Quando eu vi aquilo já fiquei apavorado
Todo mundo me olhando eu com aquele saco do lado
Dali eu saí andando como nada aconteceu
E me fui pra outro predio procurar um amigo meu
Cheguei perto de uma porta que tinha num corredor
Ela já se abriu sozinha era o tal de elevador
Eu meio me atrapalhei e porta fecha sem demora
Quase me pega o garrão e se eu não dou um puchão
Meu saco ficava pra fora
Um rapaz me perguntou qual o andar desejado
Eu disse um bem devagarinho por eu já estou cansado
Que andar que o senhor vai descer denovo ele me falou
Eu disse pra mim tanto faz porque eu nem sei onde que eu to
E fiquemo alguns instante naquele ambiente fechado
Até que a porta se abriu igualzinho a que eu tinha entrado
E eu fiquei achando que era o mesmo lugar
Fui querer saír pra fora aí vi naquela hora
Era o décimo quinto andar
Quando olhei lá de cima até me deu uma dor no peito
Como que eu subi tão alto se eu nem vi de que jeito
Tratei descer de volta corendo por uma escada
Até que saí na rua e segui pela calçada
Numa loja vi um senhor perguntei sabe de onde eu vim
Ele não me respondeu pois era um maniquim
Com esta me fui embora não gostei da tal cidade
Perdi qté minha paciência to de voltana querencia
Aqui me sinto a vontade