INFORMAÇÕES DA MÚSICA

Milonga Abaixo de mau Tempo

Adelar Saraiva

CD Clássicos Gaúchos (2013)

coisa esquisita, a gadaria toda

penando a dor do mango com o focinho n'água

o campo alagado nos obriga à reza

no ofício de quem leva pra enlutar as mágoas

o olhar triste do gado, atravessando o rio

a baba dos cansados afogando a volta

a manha de quem berra no capão do mato

e o brado de quem cerca repontando a tropa

agarra amigo o laço, enquanto o boi tá vivo

a enchente anda danada molestando o pasto

ao passo que descampa a pampa dos mirréis

e a bóia que se come, retrucando o tempo

aparta no rodeio a solidão local

pealando mal e mal o que a razão quiser

amada...

me deu saudade

me fala que a égua tá prenha,

que o porco tá gordo,

que o baio anda solto

e que toda cuscada lá em casa comeu...

coisa mais sem sorte esta peste medonha

curando os mais bichados, deu febre no gado

não fosse a chuvarada se metendo a besta

traria mil cabeças com a bênção do pago

dei falta da santinha limpando os peçuelos

e do terço de tentos, nas preces sinuelas

logo em seguidinha é semana santa

vou cego pra barranca, e só depois vou vê-la

agarra amigo o laço, enquanto o boi tá vivo

a enchente anda danada molestando o pasto

ao passo que descampa a pampa dos mirréis

e a bóia que se come, retrucando o tempo

aparta no rodeio a solidão local

pealando mal e mal o que a razão quiser

amada...

me deu saudade

me fala que a égua tá prenha,

que o porco tá gordo,

que o baio anda solto

e que toda cuscada lá em casa comeu...

amada...

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