Letra da música
Bailanta do Tibúrcio
Os Serranos
LP Bandeira dos Fortes (1988)
Esta música está disponível para ouvir
Vou contar de uma bailanta que existiu no meu pontão
Indiada do queixo roxo que nunca frouxou o garrão
Vinho curtido em barril e cachaça de borrachão
Os gaiteiros que eram buenos davam a mostra do pano
O Carlito e o Dezidério o Felício e o Bibiano
Cambiando com o Juvenal num velho estilo pampeano
Dona china passou ruge ajeitou bem o cocó
Cruzou o jaguapassô lavou os pés no jaguassengó
Na bailanta do Tibúrcio balanceava o mocotó
Lembranças que são relíquias dos meus tempos de guri
Os pares todos bailando coisa mais linda eu não vi
Um agarrado no outro pra mode de não cair
E lá pela madrugada bem na hora do café
Dom Tibúrcio mestre sala gritava batendo o pé
Agora levanta os home para comer as muié
Milho assado era o catete plantado de saraquá
Feijão preto debulhado a bordoada de manguá
Bóia melhor do que essa lhes garanto que não há
É lá no velho pontão linda terra de fartura
Queijo, ambrosia e melado bolo frito e rapadura
Batata deste tamanho e mandioca desta grossura
Mas que tempo aquele tempo que se vivia feliz
Só a saudade restou lá no garrão do país
Da bailanta do Tibúrcio vertente, cerne e raiz
Algumas palavras contidas nesta letra estão em nosso dicionário de gauchês
CHINA: Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).