INFORMAÇÕES DA MÚSICA

Grudado nas Crinas

Os Serranos

CD Os Serranos, Sim Senhor (2004)

Larga pra mim o zaino negro endemoniado
Pois eu me agrado é de surrar potro veiaco
E assim de pronto eu vou pro lombo e firmo o corpo
Neste sufoco deixo o tinhoso um caco

Sou pelo duro e me criei nesse serviço
É meu oficio tirar balda de cavalo
Por ser campeiro me agrada a xucra lida
Esse á a vida e Deus me deu por regalo

Vivo grudado nas crinas de algum veiaco bocudo
Na faculdade da doma me criei sem muito estudo
E hoje ando pelo mundo educando os cogotudos
Na faculdade da doma me criei sem muito estudo

No lombo liso de uma ventena eu me garanto
Nunca me espanto com tanto pulo e gambeta
Sou fronteiriço mescla de bugre e chimango
Baixo-lhe o mango e cravo a espora na paleta

Não me perguntem quantos potros já domei
Até nem sei, pois foi um eito e mais um tanto
Perdi as contas dos que já botei minha marca
Pingos monarcas que hoje relincham meu canto

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POTRO

Cavalo novo que ainda não levou lombilho.

BALDA

Mânha.

CAMPEIRO

Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.

DOMA

Adestramento.

COGOTUDO

Vivente de cogote grosso (grande).

GAMBETA

Movimento desordenado para os lados (do perseguido) numa corrida em fuga, para evitar a captura.

CHIMANGO

Ave rapinídea; alcunha dada em 1915, aos Borgistas (usuários do lenço branco com nó comum).

EITO

Porção ou área de lavoura sem medidas exatas que era proporcional ao número de escravos escalados para cumprirem uma determinada tarefa naquela área.