INFORMAÇÕES DA MÚSICA

Barranca e Fronteira

Daniel Torres

LP Daniel Torres (-?-)

Quando chega o domingo, eu encilho o meu pingo que troteando sai
Rumo as velhas barrancas e histórias tantas do rio Uruguai
Eu sou fronteiriço de rédea e caniço o perigo me atrai
Sou de Uruguaiana, de mãe castelhana igual ao meu pai

Se a terra não é minha, se a vida é mesquinha o que se há de fazer
Mais um sonho nasceu e o rio se fez meu e nele vou descer
Encontrar quem espera morena e sincera que é o meu bem querer
Meu momento é aí no chão onde nasci e onde vou morrer

Tem o verde do campo nos teus olhos
E o feitiço maleva que é puro veneno no caminhar
Uma noite serena adormece morena em seus cabelos
E seu corpo bronzeado é um laço atirado a me pealar

Tristeza e alegria são meu dia a dia já me acostumei
Sou de campo e de rio, faça sol, faça frio lá domingo estarei
Barranca e fronteira, canha brasileira assim me criei
Com carinho nos braços galopo aos meus passos e me torno um rei

Hoje meu dia a dia só tem alegria, tristeza deixei
Encontrei na verdade a outra metade que tanto busquei
Barranca e fronteira, canha brasileira feliz estarei
Com carinho nos braços da prenda, os abraços e me sinto um rei

Tem o verde do campo nos teus olhos
E o feitiço maleva que é puro veneno no caminhar
Uma noite serena adormece morena em seus cabelos
E seu corpo bronzeado é um laço atirado a me pealar

COMPARTILHE

PINGO

Afetivo de cavalo de estimação.

RÉDEA

Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.

MALEVA

Malfeitor, desalmado, mau e perverso.

LAÇO

Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.

PEALAR

Prender com o laço (ou sovéu) pelas mãos (patas dianteiras), o animal que está correndo, atirando o pealo que o derruba.