De quem é essa morena, tchê
De quem é essa prendinha
Olha aí, não mete o bico, tchê
A morena é minha
Minha morena comprou um vestido de chita
Ficou a coisa mais bonita pra nós dançar no fandango
E o homaredo, tudo de queixo caído
Já tão de ôio comprido, pra minha prenda se fresqueando
Barbaridade, cadê o diabo do respeito
Vou chegar metendo os peito, hoje eu vou me incomodar
Minha morena não é tina de agua benta
Quebro o bico e rasgo as venta pro carancho não bicar
Minha morena se foi pra frente do "espeio"
Pôs um batão bem vermeio ficou linda de montão
A jaguarada se chegando pro meu lado
Querendo fazer um costado com a minha prenda no salão
Barbaridade, onde é que já se viu
Ta encurtando o pavio, hoje a porva vai pegar
Minha morena não é alça de sacola
Risco o lombo e atoro a cola pra cuscada não chegar
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.