PUBLICIDADE

Depois da Cancela

Assim no Mais... (2012)

Zezinho e Floreio

(Léo Ribeiro/José Claro "Zezinho")

Uma feita, mateando na porta do rancho
Bombeei um carancho riscando o azul
Por coisas da alma frouxei as esporas
E fui, mundo afora, buscar o meu sul
Andei, andei por muitos lugares
Por ruas, por bares, por tudo eu andei
E o sonho que eu tinha virou ilusão
E, ouvindo a razão, um dia voltei

É aqui que eu vivo de bombacha e bota
Vertente na grota, luar no capim
Um verde estendido num céu cor de sangue
É aqui que o Rio Grande precisa de mim

Depois da cancela, além da saudade
Pra falar a verdade, me faltou de tudo
Um sorriso franco, uma mão estendida
Uma prosa de lida, um mate fachudo
Não há o que pague a paz do galpão
O cheiro do chão e um sorriso da prenda
O trote do pingo e o pala abanando
E, de vez em quando, um pulo na venda

É aqui que eu vivo de bombacha e bota...

De bota e bombacha e o lenço vermelho
Quando olhei no espelho me enchi de vida
Por ver um gaúcho do jeito que eu era
Voltar pra sua terra de cabeça erguida
E agora me acho carneando um borrego
Sovando um pelego, trançando um buçal
Na lida mais bruta é que me garanto
Sou um homem do campo, não me leve a mal

É aqui que eu vivo de bombacha e bota...


PUBLICIDADE

Músicas do Álbum

Veja outros álbuns >