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O Bugiu e as Macacas / É Disso Que o Velho Gosta

Campeirismo 4 (2003)

João Luiz Corrêa

O BUGIU E AS MACACAS

Sexta feira eu pego um troco
E já saio que não louco com coceira na guaiaca
Me vou lá pro rancherio
Por em cria o meu bugio com a china das macacas
Cansado de pajear vaca
Chuva forte não me ataca nem me empaca o tempo frio
Quando a saudade me acarca
Me gusta sair da casca no catre do povoerio

Dê-lhe gaita dê-lhe canha
Já chega de pão com banha ando com nojo de vaca
Pois quando folgo na changa
Eu só quero uma camanga com uma tianga das macacas

Não sou índio de carpeta
Mas vivo dando gambeta no destino que me enrosca
Se ser só é minha sina
Eu sempre ganho uma china donde o xixo desemboca
E assim sendo campeiro
Me entrevero no povoeiro por causa de pampa e fole
Mas amar essas mulheres
E dar tudo que elas querem ala-pucha não é mole

É DISSO QUE O VELHO GOSTA

Eu sou um peão de estância nascido lá no galpão
E aprendi desde criança a honrar a tradição
Meu pai era um gaúcho que nunca conheceu luxo
Mas viveu folgado enfim
E quando alguém perguntava
O que ele mais gostava o velho dizia assim

Churrasco e bom chimarrão
Fandango, trago e mulher
É disso que o velho gosta
É isso que o velho quer

E foi assim que aprendi a gostar do que é bom
A tocar minha cordeona cantar sem sair do tom
Ser amigo dos amigos nunca fugir do perigo
Meu velho pai me ensinou
E eu que vivo a cantar
Sempre aprendi a gostar do que meu velho gostou

Saí da minha fazenda e me soltei pelo pago
Hoje tenho uma gaúcha para me fazer afago
E quando vier o piazito para enfeitar nosso ninho
Mais alegria vou ter
E se ele me perguntar
Do que se deve gostar como meu pai vou dizer


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