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Décima do Bailongo

Tão Pedindo um Vanerão (1994)

Gaúcho da Fronteira

Rancho escondido no mato na dobra do descampado
E o chinaredo grudado, o mesmo que carrapato
A cordeona que gagueja numa vanerita pampa
E o pulguedo a meia guampa rezando culto de igreja.

China com flor do vestido, como bandeira de guerra
E o cheiro doce da terra subindo do chão batido
Xirua boleia a anca num meio trote chasqueiro
E a fumaça do candieiro como baba de potranca.

O chamamé e a milonga, o vaneirão marca touro
Tirando notas de choro da velha gaita bailonga
E dizer que esta beleza que todo esse quadro vivo
Pertence ao museu nativo da nossa velha pureza.

Mataram nas madrugadas do cenário gauchesco
E o sarau carnavalesco contempla as tiangas peladas
E o reino das salomés nos tempos estilizados
Entre travestis e veados, as tangas e os top-less

Ali ninguém acha feio a moda que evoluciona
O gaiteiro e a sinhá dona floreando o bico do seio
E a tendência do “society” num devaneio me alongo
Prefiro mais os bailongos nas barrancas do uruguai.


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