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Burro-jegue

Um Homem Fora do Seu Tempo (2004)

Mano Lima

Numa estância abandonada
Sobre a vargem extraviada
Comendo caraguatá
Eu não sou neto de Horneiro
Mas orneio o dia inteiro
Porque é o meu jeito de amar

Repouso na terra fria
Eu não tenho estrebaria
Nem carinho da vovó
Associação nem calcula
Que era pura a mãe da mula
E "muié" do burro-chó

Na equina sociedade
Eu não tenho integridade
Sou mal de morfologia
Sou apenas burro-jegue
Se alguma égua me segue
Eu garanto que pega cria

Quando os nobre vão pra Esteio
Tentear o ouro do freio
Eu fico na invernada
E pela guia de cima
Vou cumprindo a minha sina
Pra conservar a mulada


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