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Quanta Saudade

Hora do Mate (2020)

Júlio Cézar Leonardi

Quanta saudade que estou sentindo agora dos tempos antigos, vividos lá fora.

Saltar dos pelegos pela madrugada, quando a passarada começa a cantar;
Acender o fogo no velho fogão, cevar um chimarrão e, no escuro, matear;
Sapecar pinhão e polenta na chapa, cuz-cuz e batata, linguiça campeira,
O milho cozido e o mel das abelhas com broa caseira, e café na chaleira.

Quanta saudade que estou sentindo agora dos tempos antigos, vividos lá fora.

Começar as lidas, alegre e faceiro, limpar o chiqueiro, tratar a porcada,
Ordenhar as vacas, soltar os terneiros, colher, no galinheiro, ovos da galinhada,
Ajeitar a canga no lombo dos bois, pra, logo depois, puxar o arado;
O dia passava, que a gente nem via, e, no fim do dia, voltava, cansado.

Quanta saudade que estou sentindo agora dos tempos antigos, vividos lá fora.

Nos fins-de-semana, a gente folgava, brincava e dançava nas festas povoeiras,
Nadar lá na sanga, nas tardes de sol, jogar futebol pela tarde inteira;
Na hora sagrada, que ninguém faltava, a gente rezava a missa, na igreja;
E a vida seguia, naquele tranquito, que tempo bonito de paz e beleza.

Quanta saudade que estou sentindo agora dos tempos antigos, vividos lá fora.


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