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Contemplando o Rio

Hora do Mate (2020)

Júlio Cézar Leonardi

Nem rompeu a aurora, já estou lá fora, contemplando o rio;
A neblina mansa, bruma que me alcança, provoca arrepios;
No peito, um afago, pelo doce amargo do meu chimarrão,
E o meu pensamento vai de encontro ao vento, nesta solidão;
Então, me proponho a reviver um sonho que, um dia, vivi,
Ser feliz ainda, com a prenda mais linda que eu já conheci,
Esquecer as mágoas, navegar nas águas fundas da paixão,
Afogar tristezas nessa correnteza da minha ilusão.
Contemplando o rio, fico a comparar este desafio de viver e amar;
(Contemplando o rio, fico a comparar este desafio de viver e amar;
Em cada remanso, queda ou corredeira, vivemos remando, pela vida inteira.)

Logo a passarada sente que a alvorada já vai se mostrar;
Numa sinfonia, avisa que o dia está pra começar;
Sinto a paz na alma, vendo a água calma que, longe, se vai,
Lembrando que a vida, seja ou não vivida, já não volta mais;
Brilha o sol nascente, como brasa ardente, a esquentar meu ser;
Volto à realidade, na dura verdade deste meu sofrer;
Quem sabe, algum dia, aquela guria vou reencontrar
Em alguma curva, nessas águas turvas, a me esperar.
Contemplando o rio, fico a comparar este desafio de viver e amar;
(Contemplando o rio, fico a comparar este desafio de viver e amar;
Em cada remanso, queda ou corredeira, vivemos remando, pela vida inteira.)

Nem rompeu a aurora, me encontro lá fora, contemplando o rio!


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