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Chico Bastos

Mbororiano, Rio Grandense e Brasileiro (2020)

Mano Lima

Me chamo Chico Bastos
Sou rico de natureza
Não porque temo dinheiro
Mas porque tenho nobreza

Sou filho de Uruguaiana
De berço tradicional
Sou trevo que vem da grama
Sou junco do manancial

Leandro Baldissera
Grande ginete de potro
Me disse que é sete cravo
Na espora que agarra o couro

E que um taura arrisca a vida
Na conquista pelo ouro
Mas que um amigo sincero
Que é um verdadeiro tesouro

Tenho família e costumes
Que fazem sombra pra mim
Por isso sempre me orgulho
Do berço de onde vim

Procuro ajudar um amigo
Por mais que não tenha jeito
Porque a minha maior fortuna
Tá ao lado esquerdo do peito

Sou homem do campo simples
Como disse, iluminado
A fé que trago comigo
Esse é o meu maior legado

Sou sereno manso e calmo
Como água de cacimba
Durmo no chão porque gosto
Mas não me falta tarimba

Eu não me nego pra nada
Nem pra dormir eu me encolho
Não tem de fumaça braba
Nem mesmo a do mata-olho

Não mijo em copo de guampa
Inté nem uso penico
Eu sou angico da pampa
Sou Chico, mas não me achico.


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