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Nas Horas da Noite Morta

Pedro Ortaça e Filhos (2015)

Pedro Ortaça

Não sei por que esse costume
De ter saudades de ti
Quando estou só junto ao lume
Sinto de novo o perfume
Que deixavas por aqui

Sinto de novo no ouvido
Quando estou só junto ao lume
Tua voz brotar no ouvido
Cantando um lindo alarido
Nas ondas do teu perfume

Nas horas da noite morta
Quando o pampeiro assobia
Penso que bates na porta
Vou ver e o rosto me corta
Só o beijo da noite fria

Lembro teu louro cabelo
Como um sol de primavera
Teus braços como um sinuelo
Teus olhos de fogo e gelo
Nas noites de quieta espera

Teu corpo perfeito eu lembro
Teus lábios de seda e flor
Teus jeitos, como eu relembro
Quando num outro setembro
Teceste um ninho de amor

Mas já não bates na porta
Quando o pampeiro assobia
E a tua saudade conforta
Na solidão da hora morta
Enchendo a casa vazia

Porque esse cestro, não sei
De ter saudades de ti
Mas nunca me olvidarei
Da que cantando encontrei
Da que cantando perdi


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