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Surungo

Acervo (1998)

Rui Biriva

Onde o pó de chão batido se mescla ao bafo de canha.
Na gaita um maranduva, folejando um vanerão
E o pandeiro mais surrado do que amante de machão.

O surungo pra ser bom tem que dançar de cara cheia
Três ou quatro horas de baile, quatro ou cinco de peleia

A china que cochilava de susto ficou sem fala
Quando viu a cachorrada de repente invadiram a sala
O maneco magricelo tinha uma feia gorducha
E as velhas cochichavam olha a vassoura e a bruxa

Chega o zé com a namorada tapado de pega-pega
Brincando de procura ovo de vaca em macega
E o mafaldo que dançava com um volume nas bombacha
Foram revistar era um fiambre de salame com bolacha

Negrito levou um carão, foi pra fora e quis peleia
Achou um facão perdido e voltou troncho de uma orelha
Fechou um tal de mau tempo, facão, relho e porrete
Furaram tanta nuvem a bala que houve enchente no alegrete.


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