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Modinha Pro Moda

Luiz Carlos Borges - Dose Dupla (2017)

Luiz Carlos Borges

Uma modinha pro moda
Poderia ser assim
Plena de auroras e ventos
Velhos mares, outros rios

Outros caminhos sem volta
Outras rosinhas quem sabe
Cantigas de um outro tempo
Onde a saudade não cabe

Podia ser moda velha
Modinha lua de avós
Ou cantiga buliçosa
Que o lábio de cada rosa
Um dia cantou pra nós

Podia ser nova moda
Rosinha flor de metal
Tão sempre viva e sozinha
Como se fosse a madrinha
Das rosas sem roseiral

E quem sabe, fosse alegre
Como cantiga de roda
Os cantores, de mãos dadas
A cantar modas pro moda

Esta modinha pro moda
Poderia ser maior
Que as barrancas desse rio
Se não tivesse esta dor

Quem me dera, que girando
Nos mundões que o canto roda
Meu silêncio ao pé do fogo
Trouxesse o moda

Podia ser moda velha
Modinha lua de avós
Ou cantiga buliçosa
Que o lábio de cada rosa
Um dia cantou pra nós

Podia ser nova moda
Rosinha flor de metal
Tão sempre viva e sozinha
Como se fosse a madrinha
Das rosas sem roseiral

E quem sabe, fosse alegre
Como cantiga de roda
Os cantores, de mãos dadas
A cantar modas pro moda

Esta modinha pro moda
Poderia ser maior
Que as barrancas deste rio
Se não tivesse essa dor

Quem me dera, que girando
Nos mundões que o canto roda
Meu silêncio ao pé do fogo
Trouxesse o moda


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