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Carência

Varais de Esperanças (2017)

Miro Saldanha

(Miro Saldanha)

Mano, faz tempo que eu percebo tua expressão fechada
E a lágrima que ronda tua voz embargada.
Teu coração menino não está aqui,
Pois anda num rancho pequenino na beira da estrada,
No riso cristalino da mulher amada,
Na voz de uma criança a perguntar por ti.
Eu sei. Amor quando termina é tiro que detona;
É uma pancada seca e tudo desmorona;
É um mundo que se acaba na palavra “não”.
É um golpe de um laço que se parte e nos pega de jeito;
A ponta vem zunindo e nos acerta o peito.
Só quem leva esse tombo é que conhece o chão!

REFRÃO

Mas ergue a cabeça, parceiro,
Que um bom companheiro
Tem força na voz!
Lembra que os atos são teus!
Não basta ser um homem que acredita em Deus.
É preciso fazer com que Ele creia em nós.
Eu sei. Quem teve um rancho pleno de amor e vida,
Um mate e um sorriso no final da lida,
Um catre e um carinho contra o vento frio,
Sofre. À noite, perde o sono, pensa e fica tonto.
O pensamento volta sempre ao mesmo ponto.
Não sabe se soltar de um abraço vazio.
Mas vem! Vem dedilhar comigo um verso dos antigos!
Não sofre solidão quem tem um bom amigo.
Por mais que nos pareça, nunca estamos sós.
Vem! Pede ao teu coração um pouco de paciência,
Que às vezes, num momento de pura carência,
Se entrega a quem não presta o que há de bom em nós!

REFRÃO (Bis)


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