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Tropa Mansa

Fronteira (2008)

Mauro Moraes

Cada palavra que eu canto é tropa mansa
Que por diante vai levando o que eu falo.
E se a tropa anda lenta e vai com jeito
É pra dar folga pra boiada e pros cavalos.
A minha tropa de bois mansos, vai tranqüila
E obedecem quase sempre o meu comando...
Vai bem na frente um ponteiro de alma aberta
E lá no fundo um culatreiro vai gritando.
Só aparto o que é da tropa do meu jeito
A mango, grito, prosa, e bico de bota.
Mas tem sempre um aspa torta sem costeio
Pra dar refugo e estrago na minha tropa.
No galpão eu desencilho e tomo um mate
A tropa entregue, faço as contas e me calo.
Mas tem sempre um maturrengo, basto novo
Pra judiar e desfazer dos meus cavalos.
Chairo a faca pra um churrasco, faca buena.
Língua afiada que a falar logo se solta.
Para comer as minhas sobras e algum osso
Sempre junta uma cuscada pela volta.
Vou tocando estrada a fora, enquanto posso
E pela rédea vou com a vida num floreio.
Vejo, há tempos, quanta coisa me atropela
Mas mesmo assim eu vou bancando ela no freio.


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