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Chê de Deus

Com Jeito de Campo (2014)

Ita Cunha

Letra: Evair Gomez / Zeca Alves
Música: Ricardo Martins

Chê de Deus! Há pouco tempo, num lançante lá dos fundos
Quase dei adeus pra o mundo por andar desprevenido
Vi meus caco' repartido num bufido e um par de coice
O dia virando noite e as basteiras num rangido
O dia virando noite e as basteiras num rangido

Nessas horas traiçoeiras, que nos pegam despacito
Eu vinha fechando um pito c'o as rédea' em volta dos pulso'
Chê de Deus! Que baita susto! Menos mal que sou ligeiro
Abri a perna, por campeiro, tapando a grito e a cusco

Mas Chê de Deus! Quase que caio!
Ao dar o taio' saí do basto
E ali, de arrasto, junto às macega'
Se foram as rédea' lambendo o pasto
E ali, de arrasto, junto às macega'
Se foram as rédea' lambendo o pasto

"Mais adiante, lá na volta, manoteei no desgraçado
Com o zóio' arregalado, pressentia o que eu pensava
Pois agora lhe restava esperar pelo castigo
Deixar de ser atrevido e pagar pelo pecado"

Chê de Deus! Os meus arreio', aprumei e alcei a perna
Cavalo não se governa, solito, montei de novo
No costado, só os cachorro', mas desenganei o potro
Pra não tá tenteando os outro' quando menos se espera
Pra não tá tenteando os outro' quando menos se espera

Cuê pucha! Que lida bruta! De fato, facilitei
Depois de tudo, ainda pitei o palheiro que eu queria
Mas recordo aquele dia e, no sonho, ainda vejo
Tenteando me ganhar o cuero na lida que eu me criei

Mas Chê de Deus! Quase que caio!
Ao dar o taio' saí do basto
E ali, de arrasto, junto às macega'
Se foram as rédea' lambendo o pasto
E ali, de arrasto, junto às macega'
Se foram as rédea' lambendo o pasto

Mas Chê de Deus! Quase que caio!
Ao dar o taio' saí do basto
E ali, de arrasto, junto às macega'
Se foram as rédea' lambendo o pasto
E ali, de arrasto, junto às macega'
Se foram as rédea' lambendo o pasto


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