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Cantando Prá Quem Doma

De Rédeas na Mão (2005)

Jari Terres

O dia chega na estância, já me encontra trabalhando
A potrada na mangueira, desconfiada, me bombeando
Alguns precisa laçar, mas outros já vão formando
Alguns precisa laçar, mas outros já vão formando

Vão ficar mascando o freio a tordilha e a tostada
Vou repassar o rosilho, recém com três encilhada'
Depois, encilho o lobuno que já dá pra campereada
Depois, encilho o lobuno que já dá pra campereada

Rabicho pra tirar cosca, cacho e bocal bem atado
Rendilha, rédea cruzada pra o potro ficar rendado
E pra evitar acidente, laço desapresilhado
E pra evitar acidente, laço desapresilhado

No começo, este lobuno quis ver se eu tinha recurso
Num corcóveo bem pra cima, urrando pior que urso
E eu lhe mostrei que o rebenque não é pra enfeitar meu pulso
E eu lhe mostrei que o rebenque não é pra enfeitar meu pulso

Nunca precisei ter aula, nem tão pouco de diploma
São nos pulsos e nas pernas que a minha tropilha se doma
E o dom de domador que eu tenho ninguém me toma
E o dom de domador que eu tenho ninguém me toma

Quem duvidar, venha ver que eu provo aquilo que falo
Pois tem gaúcho que escreve montando e botando pealo
Mas, na verdade, jamais chegou perto de um cavalo
Mas, na verdade, jamais chegou perto de um cavalo
Mas, na verdade, jamais chegou perto de um cavalo


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