Letra: Anomar Danúbio Vieira
Amanhã, vou encilhar cedo, mais cedo que o de costume
Amanhã, vou encilhar cedo, mais cedo que o de costume
E antes do canto d galo
Quero estar bem a cavalo
Repontando vagalumes
E ainda escuro, pretendo
Andar cruzando a invernada
Porque o reio é graúdo
Campo sujo e, além de tudo
É só eu e a cachorrada
Vez passada, me faltou
Uma grongueira de cria
Que deve ter carrapato
E pra pegar fora do mato
Só antes de clarear o dia
O maromba vai nos tentos
Garantindo a campereada
Que a força bruta da pampa
Vem refletida na estampa
Da vacagem bem criada
Deixa que venha, chapéu de lenha
Deixa que bata, chapéu de lata
Que amanhã, vou encilhar cedo
De tirador e alpargata
Deixa que venha, chapéu de lenha
Deixa que bata, chapéu de lata
Que amanhã, vou encilhar cedo
De tirador e alpargata
Que amanhã, vou encilhar cedo
De tirador e alpargata
Amanhã, vou encilhar cedo, mais cedo que os outros dias
Amanhã, vou encilhar cedo, mais cedo que os outros dias
Pois a volta do serviço
É que arrocha o compromisso
Que, do peão, é garantia
Sou posteiro da divisa
Recorro os campos da linha
De fato, tenho uns parceiros
Um galgo, dois ovelheiros
E uma guaipeca brasina
O meu pingo das confiança'
É um gateado pangaré
Doma inteira deste amigo
Que não refuga o perigo
E nunca me deixa a pé
Se chover, a lida é igual
Sem floreio e nem segredo
O poncho sustenta a pose
Debaixo de um aba doze
Amanhã, vou encilhar cedo
Deixa que venha, chapéu de lenha
Deixa que bata, chapéu de lata
Que amanhã, vou encilhar cedo
De tirador e alpargata
Deixa que venha, chapéu de lenha
Deixa que bata, chapéu de lata
Que amanhã, vou encilhar cedo
De tirador e alpargata
Que amanhã, vou encilhar cedo
De tirador e alpargata
Amanhã, vou encilhar cedo
Amanhã, vou encilhar cedo